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Processo

     Fomos ao Rio Pinheiros para aguçar nossa percepção sobre o tema do projeto. Discutimos sobre o rio, a cidade, as pessoas da cidade, a natureza e suas relações.

     Nos reunimos na estação Pinheiros da CPTM, estação alta com vista panorâmica do rio e da marginal. Fomos de trem até a estação Santo Amaro, onde outros dois rios dão origem ao Pinheiros. Observando-o descemos na estação Vila Olímpia, uma que permite acesso à ciclovia que beira a marginal. Já na ciclovia fomos surpreendidos pelos seguranças da CPTM. Nossa presença à margem do rio era proibida. Estávamos em uma zona autorizada apenas para ciclistas. Nossa presença não atrapalhava o fluxo de usuários, mas constatamos que nos aproximar do Rio era praticamente impossível.

     Essa proibição nos fez questionar muitas coisas: O acesso ao rio não deveria ser irrestrito? Sujamos o rio, mas não temos o direito de nos aproximar e ver o que está acontecendo com ele?! Não podemos ver o que não está sendo feito por ele? Quando será que a cidade resolveu dar as costas para o rio?

     Dali, fomos obrigados a partir e continuar nosso caminho. A última estação que contempla o Pinheiros é a Ceasa. De lá voltamos e paramos na estação Villa Lobos-Jaguaré. Saímos da estação e buscamos uma brecha da cidade (ou seria uma “falha” na segurança?) que permitisse nos aproximar da antiga ponte do Jaguaré.

   Parte da antiga ponte ainda existe. Mais de 40 anos após sua parcial destruição nos deparamos com uma árvore frondosa e vegetação abundante que se apropriou desse espaço, logo acima do rio.

     Pensamos nessa ponte destruída, que não tinha mais nenhuma conexão com a cidade, os paralelos com rio e demais provocações causadas pela paisagem.

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